Joan Miró, 1933. Fotografia de David Lachapelle
O artista levava uma vida sossegada, dedicado integralmente à família e à arte, até o momento em que o fantasma da Guerra Civil Espanhola exigiu-lhe uma tomada de posição. Contrariado, Miró trocou novamente a Espanha pela França, mas participou ativamente da luta pela liberdade de seu país. Pintou cartazes de propaganda política e idealizou o painel "O Ceifeiro", que seria apresentado ao lado do célebre "Guernica", de Pablo Picasso, no pavilhão espanhol da Exposição Internacional de Paris.
O Ceifeiro, Miró
Quando estourou a Segunda Guerra Mundial, Miró viu-se forçado a deixar novamente a França, em 1940, diante da iminência da ocupação nazista em Paris. Depois de uma temporada em Maiorca, retornou a Barcelona, em 1942. Nesse momento, o artista confessou por mais de uma vez que estava desiludido com os rumos da vida na Europa e temeu a vitória de Hitler. São desse período algumas de suas obras mais líricas e famosas, as que compõem a série "Constelações", composta por 23 obras, na qual parece conjurar céus inteiros para se sobrepor à fúria cega desencadeada pela guerra.
Da série Constelações: L'Estel Matinal
Miró em seu estúdio em Passatge de Crèdit, 1942. Fotografia de Joaquim Gomis
Miró, Barcelona, 1944. Fotografia de Joaquim Gomis
Miró, Barcelona, 1944. Fotografia de Joaquim Gomis
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